[…]Nada a retinha, nem o medo.
Más mesmo que agora se aproximasse a morte, mesmo a vileza, a esperança ou de novo a dor.
Parara simplesmente.
Estavam cortadas as veias que a ligavam as coisas vividas, reunidas num só bloco longínquo, exigindo uma continuação lógica, más velhas, mortas.
Só ela própria sobrevivera, ainda respoirando.
E a sua frente um novo campo, ainda sem cor a madrugada emergindo.
Atravessar suas brumas para enxerga-lo.
Não poderia recuar, não sabia por que recuar.
Pg 179 ( Perto do coração selvagem.)

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