O sapo encantado
O sapo encantado
Era uma vez um príncipe, que vivia num reino onde tudo era belo.
Lá havia as mais belas flores, as mais belas árvores e os mais saborosos frutos.
Havia também belíssimos cavalos com suas carruagens banhadas de ouro e prata.
Seu castelo era o maior de todos do planeta Terra, circundado de água com vários tipos de pedras e algas coloridas.
O príncipe vivia cercado dos mais ilustres senhores da corte, outros viam de longe para saudar o digníssimo jovem herdeiro de todo o reino milenar.
E que por isso, todas as noites eram noites de festas com as mais maviosas orquestras de toda a redondeza.
Outras tantas ávidas moças as cortejavam e de relance sorriam entre elas.
Todas desejavam domar o coração do majestoso moço dono de tantas riquezas.
Mas algo havia de errado no olhar daquele príncipe.
Quase não sorria, e por mais que o bobo da corte pulasse, gritasse, caísse, tropeçasse e fizesse folia… o príncipe não sorria.
Certa tarde, cansado de tudo, foi passear a sós na floresta e se atirou à sombra de uma árvore à beira do rio e se pôs a chorar.
Ele não entedia porque não sentia tanta satisfação em ter tudo o que tinha e porque o valor de um homem consistia exclusivamente na quantidade de bens que possuía.
Ninguém nunca procurou saber se o coração dele tinha tantas riquezas quanto o que tinha envolta daquele rapaz tão belo e poderoso.
E de tanto chorar ouviu uma voz levemente feminina:
- Porque choras pequeno jovem?
Sem entender o príncipe tratou de enxugar suas lágrimas e refazer sua postura digna de um imperador e disse procurando:
- Quem me dirige tais palavras?
- Sou eu – disse uma sapa na beira do rio.
Impressionado, o rapaz tratou de responder:
- Não choro, pois sou príncipe respeitado por todos e poderoso… apenas havia caído um pequeno cisco em meu olho.
E a sapa sorrindo retrucou:
- Ah! Quer dizer que você é um príncipe respeitado, poderoso e MENTIROSO? Há, há, há…
O príncipe então ficou alarmado com a situação, pois nunca, nunca mesmo ninguém havia debochado dele.
Mas, no entanto, pela primeira vez na vida tinha achado graça de alguma coisa e pôs-se a sorrir incontrolavelmente junto com aquela anfíbia…
Sua gargalhada chamou a atenção de vários outros bichos que passavam por ali, pássaros, macacos, tamanduás, raposas, onças, peixes… Todos ficaram admirados com tanta alegria.
E assim, o príncipe passou o resto daquela tarde com a bicharada.
O macaco fazia graça e de novo o príncipe sorria.
E os pássaros voavam ao redor do jovem fazendo mais cócegas ainda… A onça então, o empurrou no rio e o peixe lhe mostrou a beleza das águas.
Satisfeito por aquele momento, olhou para sapa e disse:
- Muito obrigado, se não a tivesse encontrado talvez estaria chorando até agora e não haveria de ter o dia mais especial da minha vida.
Como posso agradecê-la?
A sapa logo respondeu:
- Não precisa agradecer meu bom moço.
Só gostaria de lhe dar um beijo.
Atendendo prontamente ao pedido, o príncipe apanhou a sapa com as mãos oferecendo-lhe a face para o beijo e zap!!! O príncipe acabara de virar um sapo encantado.
Daí então o príncipe, ou melhor, o sapo passou a viver ali na floresta com toda a sua turma de bichos e apaixonou-se com a sapa com a qual viveu feliz para sempre.
FIM
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