PRIMEIRO ENCONTRO

PRIMEIRO ENCONTRO
Penélope pensou bem antes de escolher uma roupa ideal para uma ocasião especial.
Ela não ia ao Copacabana Palace ou ao melhor festival de música jovem, pela primeira vez em sua vida, teria uma encontro.
Não podia negar que em seu guarda roupas tinham várias opções de o que vestir, menos roupas apropriadas para o frio.
Deitou-se em sua cama despida de roupa antes de que fosse tomar o seu terceiro banho do dia, o calor já estava a incomodando.
Ela pensou em várias hipóteses de roupas e negou todas.
- “Salto alto nem pensar! Poderia espanta-lo! Será que ele tem carro?”.
Provavelmente ficariam tímidos com a situação de ela estar com o pé machucado e ele sentindo-se culpado por não ter um carro.
Depois de muito pensar, sentou-se na cama e olhou para seus trajes íntimos, depois daquela deitada e outro banho a calcinha e sutiã seriam substituídos, foi quando ela pensou na possibilidade de vestir algo que não chamasse muito atenção que fosse simples e romântico e não demonstrasse qualquer tipo de emoção que partisse dela, e foi justamente o que aconteceu.
Ela pensou que depois de alguns anos conhecendo-o não faria sentido andar pelas ruas com um salto e um batom vermelho para atrai-lo, pelo menos no primeiro encontro, talvez mais lá no futuro quando ela fosse mais segura de si mesma.
Respirou fundo, olhou para o espelho em seu quarto, desamassou o vestido, colocou uma sandália baixa, um anel delicado que mal aparecia em seu dedo, um brinco pequeno e a peça de mais valor: O colar que ganhou de seu pai com pingente de anjo.
Pegou sua bolsa e colocou-a de lado, e quando saiu do quarto ele já estava esperando-a.
De fato, ele estava sem carro, suas roupas eram simples, pareciam de um surfista, e foi quando seu coração sorriu aliviado por ter acertado na escolha.
Depois que ele a viu pela primeira vez antes do encontro, nunca mais soltara sua mão, mesmo sem tê-la beijado.
Andando pelo parque, chegaram em um lugar cheio de árvores e crianças brincando e tudo ocorreu bem, até o momento de dizer Adeus.
O ônibus sairia alguns dias e a partir daquele Adeus as coisas nunca mais seriam as mesmas.