Amor e Ódio
Amor e Ódio
Tema antigo.
Ainda e sempre, ódio e amor, andam juntos através da facilidade através da qual o amor que não encontra resposta apodrece e vira veneno.
O que salva e o que eleva é constituído da mesma matéria que fermenta, apodrece e mata.
Qual será a química explicativa da transformação súbita do que era busca, procura, sentimento de proteção e dedicação em imediata deterioração e ódio?
A química da transformação do afeto em raiva e da raiva em ação destrutiva, ainda não foi medida por nenhum laboratório da ciência.
Apenas pela literatura e pela dramaturgia.
Ou pelo jornalismo diariamente a espelhar os casos de amor terminados com a destruição de uma das partes.
A psicanálise também examina a questão.
E com profundidade.
Para ela, o mecanismo de auto destruição ou de destruição do próximo, já estava presente quando as pessoas resolveram se gostar.
O mecanismo destrutivo está, já presente, quando as pessoas fazem o que supõem ser uma escolha livre.
Não é escolha, diz a psicanálise: é o atendimento de uma pulsão inconsciente que faz adivinhar no parceiro as condições para o exercício dos impulsos mais fundos de destruição: ou a própria ou a do outro.
Assim diz a psicanálise.
Mas a questão continua de pé.
Se era amor, se era tanto, por que, diante da frustração ou da recusa de reciprocidade ele tem que virar ódio?
Se é amor não pode nunca ser ódio, proclamarão em coro os humanistas e os cristãos.
Não era amor!
Quem ama e é rejeitado tem o impulso de ódio e de destruição.
É esse impulso (que às vezes pode durar apenas um segundo) que essas histórias populares percebem e ampliam, traduzindo-o numa ação demorada, complexa, planejada, urdida.
O público adere porque aí encontra a forma mais simples de ver-se ainda que através do outro; como na dramaturgia e na literatura.
Quem for capaz de conhecer o próprio impulso de ódio poderá talvez aplacá-lo, ou diminuir o seu efeito destrutivo.
Quem for capaz de controlar o próprio impulso de ódio talvez até aproveite a energia que está dentro dele (como nas forças da natureza) canalizando-a para obras e ações criadoras e positivas.
Quem for capaz de dirigir o próprio impulso de ódio, talvez despeje a força dele numa atividade artística ou empresarial, desviando-a do objeto amado passível de ser destruído.
Tudo bem.
Magnífico que assim se faça, conforme o caso e conforme a pessoa! Terapêuticas e religiões (no fundo parecidas) aí estão a mostrar o sentido ético da vida e a importância de transformar a falibilidade e fraqueza humanas em objeto de meditação e de aprimoramento.
Mensagens Relacionadas
As melhores armas do mundo
As melhores armas do mundo:
Uma arma contra a tristeza: A alegria.
Uma arma contra o ódio: O amor.
Uma arma contra o preconceito: A consciência de que somos todos iguais.
Uma a…

Quem alimenta o ódio atira fogo ao próprio coração
Quem alimenta o ódio atira fogo ao próprio coração.
#andreluis#odio#curtasO amor e o ódio
O amor e o ódio,
pra onde vai a seta?
A seta do teu querer?
Escudos não há na tua jornada,
tampouco esquivarás as balas cruzadas.
Os teus pés seguirão pra que banda?
(…Continue Lendo…)
Enquanto ainda houver mortes sem sentido
Enquanto ainda houver mortes sem sentido, injustiças neste mundo, ódio, dores e enquanto morte ainda for o fim de tudo, o "pessimismo" irá prevalecer#28;. As pessoas me chamam de pessimista só porque…
#erickmarcianozeidan#odioO MEU ÓDIO
O MEU ÓDIO
A minha vida é d’uma saudade imensa…
Daquele que em mim pouco sente,
Num profundo notar, de toda a gente,
Daquele que vagueia e nada pensa…
Ando a desventura d…