AS COISAS
AS COISAS
No cotidiano da vida, quase todas as coisas são insignificantes.
A maioria dos nossos pensamentos, boa parte das ações que fazemos, alguns sentimentos que experimentamos, quase todos os nossos movimentos não têm maiores significados, não possuem muito valor.
Pertencem à parte superficial do nosso ser, vêm e vão como ondulações no mar, não deixando nenhum vestígio ou efeito nas profundezas do ser.
Porém, em raros momentos, quando entramos em contato com a música de nossa alma, se algo da consciência profunda nos tocar ou se detiver de alguma maneira, essa fração de segundo é a única coisa significante que ocorre no meio de toda a inutilidade do cotidiano da vida.
Este é o único ponto precioso, e o resto, um mundo de ilusões e disparates.
Para tornarmos a vida significativa, para darmos o seu verdadeiro valor e sentido, nós devemos então nos afastar das trivialidades da superfície e procurar por alguma coisa mais profunda.
Na verdade, devemos nos aprofundar muito se quisermos que as coisas deixem de ser insignificantes.
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