Vivas ao desacelera
Vivas ao desacelera
Observo com imensa admiração os calmos das calçadas.
De passos mansos e pernas harmônicas.
Parecem até serem donos do tempo, do tempo deles.
Hoje não há situação mais luxuosa e cobiçada do que andar devagar.
E não está, tal fato, relacionado somente ao tempo.
Muitos de nós desaprendemos a andar sem correr.
Aproveitar o caminho sem franzir a testa e olhar o relógio.
Ir até lá, apenas, sem temer o atraso.
Além de controlarmos mal o nosso relativo tempo, sofremos dessa doença moderna e silenciosa: pressa.
O maior sintoma se mostra quando já tendo terminado nossos compromissos, voltando de algum lugar, ainda assim caminhamos rápido.
Como se fosse bonito, como se fôssemos máquinas.
A vocês desacelerados mesmo em meio ao caos cotidiano; toda a minha admiração.
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