BEM -TE -VI
BEM -TE -VI
Quando o visualizei em voos mirabolantes, coletavas insetos no ar.
Vivia bastante saudável na comunidade dos pássaros.
Depois de degustar o besouro,posado, num fio de luz, cantava louvores; feliz da vida.
Que, apesar de repetir o mesmo cântico e gesto, não cansavam seus ouvintes.
Em seu cantar, me transmitia uma mensagem de paz,esperança fé e crença; quando na letra de uma canção repetia o refrão, dizendo que “bem me via”; quando eu não estava bem.
E vivíamos bem, naquela doce ilusão.
Quisera eu ti ouvi-lo novamente!…Por muito tempo; ainda que seu repertório fosse o mesmo: Bem -te –vi.
Pois do “bem”, não hei de me cansar.
Mas na fúria louca que se vive… Uma vida sem rumo e sem coração, ceifou-lhe à vida.
Precocemente.
Hoje,quando ti vi caído e já aderido no asfalto quente,pelos pneus dos veículos; doeu em mim.
Logo, interroguei-me: pode haver poesia num pássaro que já morreu? Pode.
A poesia não morre com um ente; nem vive sem ele, ainda que morra.
Por isso, é que não devemos nunca, deixar de dizer: Bem- te- vi.
Mesmo que o momento seja de lamento e dor.
O que me acalenta um pouco mais é saber que teus remanescentes ainda falam a tua língua e cantam a tua música.
O representando na terra dos viventes.
Desejam o bem a ti, na eternidade das aves, e a mim nesta vida efêmera; o mesmo que você desejava a todos nós em vida aqui na Terra: bem- te- vi.
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