A importância do professor

A importância do professor
Valorizar o professor.
Capacitá-lo para o exercício pleno de suas atividades como educador.
Proporcionar-lhe os instrumentos necessários à sua função primordial: lapidar diamantes.
Hoje, esses são os objetivos principais da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Em outras palavras: entendemos o professor como a figura mais importante do processo educativo, em todas as suas esferas.
Cabe ao mestre a incumbência de ensinar, orientar, estimular e incentivar crianças e jovens a descobrir suas potencialidades.
É uma tarefa nobre e gratificante, mas que exige um esforço e um empenho ininterruptos.
Sem o educador seria impossível conceber a sociedade e sua contínua evolução cultural e científica.
Afinal, todas as áreas do conhecimento humano dependem do professor para serem apreendidas com eficácia e colocadas em prática com competência e habilidade.
A palavra professor vem do latim professore, cujo significado é: aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina.
Mas para que isso aconteça, o professor deve instigar o aluno.
Levá-lo à dúvida, à inquietação, à contestação, ao questionamento.
A transmissão do saber precisa ser estimulante e prazerosa.
Há que se estabelecer entre os mestres e seus aprendizes uma relação de troca porque ensinar também é, antes de tudo, aprender.
Educar é um missão que guarda em si um mundo repleto de possibilidades.
Entre elas, a capacidade de despertar no outro um sem-número de qualidades adormecidas.
Na Grécia Antiga, Sócrates já nos mostrou o caminho com a sua maiêutica.
Sem a provocação, sem o questionamento, sem a inquietação, sem as perguntas incessantes do mestre não ocorrerá esse processo pedagógico socrático em que se multiplicam as perguntas a fim de obter um conceito a respeito do objeto em questão.
Sem a maiêutica não é possível haver a parturição das idéias.
Não se adquire o conhecimento, a sabedoria.
Machado de Assis, no clássico Dom Casmurro, mais precisamente no Capítulo 9, nos brinda com sua poesia, ironia e irreverência quando compara a vida e os personagens que a compõem a uma ópera.
Vamos pedir licença ao grande gênio da nossa Literatura para utilizar essa metáfora no universo específico da sala de aula.
Quem dentre os alunos será o maestro que irá reger os personagens do espetáculo da existência? Quem será barítono, soprano, contralto, tenor? Quem irá optar por conceber a cenografia? Quem será o diretor? Quem será o figurinista? Quem irá compor o coro? Quem serão os bailarinos? Bem, o professor pode até imaginar os rumos que serão seguidos pelos seus alunos, mas isso não é sua tarefa principal.
Cabe aos educadores conceder às crianças e jovens o direito de escolha, a partir do momento em que aprenderão sobre a importância de todos os personagens da ópera, inclusive os que optam por ficar nos bastidores.
A nobreza do magistério reside justamente na capacidade de transmitir aos aprendizes a beleza e a grandiosidade dessa magnífica experiência que é a vida.
Temos por meta preparar o professor para o exercício de uma profissão cada vez mais essencial à formação do ser humano.
Por isso estamos realizando capacitações, palestras, teleconferências e seminários.
No último mês de maio, por exemplo, reunimos cerca de mil educadores das 89 regionais de ensino do Estado em capacitação realizada no Interior de São Paulo.
A idéia é transformá-los em multiplicadores de informação em suas localidades de origem.
Acreditamos ser possível conceder ao educador o que lhe é de direito: o respeito de todos e o orgulho por ser quem traz à tona o que as pessoas têm de mais sublime.
O professor, para nós, é a alma da educação e a espinha dorsal da sociedade.
Sem ela, torna-se impossível adquirir o equilíbrio, a força e a vitalidade necessária para fazer do Brasil um país comprometido com a formação de seus cidadãos.
Um país cuja nação será consciente e intelectualmente capaz de construir as bases sólidas que sustentarão os sonhos das novas gerações.
Publicado no Jornal A Tribuna

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