As luzes de natal

As luzes de natal
Para Iris Queiroz ao gosto da mesma
As luzes de natal arquejam fracas, repletas pelo vulto sombrio da escuridão que me consome lentamente, num sussurro frio de hipinose oculta e secreta de um ritual de necromancia, feita por esdrúxulos seres nigromantes ou necromantes.
Pois, nem a mais resplandecente luz de espírito natalino, fluorescente e flamejante em fragmentos ao ar, se equivale ao meu escuro mar de tristezas e de solidão.
E os meus sentimentos, sombrios como o vulto desta solidão, estão protegidos e trancafiados à sete chaves… Sim, eu gosto da noite, pois, é nela que posso repousar tranquilamente nas sombras da minha vultuosa escuridão.
Ora, o meu refúgio é tão sombrio quanto ao obscurecer antes do surgimento da silente alvorada.