A persistência da saudade
Essa coisa de lembrança é mesmo uma cilada, sempre me aponta o dedo na cara e sem escrúpulos: pode ser uma terça-feira bem cedinho ou essas madrugadas que passo em claro.
Há um ano eu desistia do amor.
Desistia da gente.
Agora, olhando daqui, quanta coisa, não? Quantas novas sensações depois de nós.
Um mundo inteiro coube no último ano.
E eu que julguei impossível virar os sentidos do avesso de novo, percebo que o amor de agora é sempre maior que o de ontem.
Essa coisa de afeto é mesmo uma cilada, sempre me aponta o dedo na cara e sem escrúpulos: eu ainda não sei nada sobre o amor.
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