Frases de Castro Alves

Meus filhos - alimária do universo

Meus filhos - alimária do universo, Eu - pasto universal.

Era o relampejar da liberdade Nas nuvens do chorar da humanidade

Era o relampejar da liberdade Nas nuvens do chorar da humanidade, Ou sarça do Sinai, Relâmpagos que ferem de desmaios Revoluções, vós deles sois os raios Escravos, esperai!

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Adormecida

Adormecida
Uma noite eu me lembro… Ela dormia
Numa rede encostada molemente…
Quase aberto o roupão… solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela…

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A canção do africano

A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudad…

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Na hora em que a terra dorme enrolada em frios véus

Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar.

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A praça é do povo como o ceú é do condor

A praça é do povo como o ceú é do condor.

O riso é a estrela do horizonte da alma

O riso é a estrela do horizonte da alma.

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Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

E o povo é como a barca em plenas vagas

E o povo é como a barca em plenas vagas, A tirania é o tremedal das plagas, O porvir - a amplidão. Homens! Esta lufada que rebenta É o furor da mais lôbrega tormenta Ruge a revolução.

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O amor é

Amemos, porque o amor é um santo escudo.

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A Um Coração

A Um Coração
"Coração de Filigrana de Oiro"
Ai! Pobre coração! Assim vazio
E frio
Sem guardar a lembrança de um amor!
Nada em teu seio os dias hão deixado!…
É fado…

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Ai! Que vale a vingança, pobre amigo. Se na vingança, a honra não se lava?

Poesia é uma luz

Poesia é uma luz. E a alma, uma ave…

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar.