O Velho Astrônomo para seu Pupilo
Embora minha alma esteja na escuridão, ela vai ascender na perfeita luz;
Eu tenho amado as estrelas com muito carinho para temer a noite.
A Música de Amor de J. Alfred Prufrock
Pois já conheci a todos, a todos conheci
- Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes,
Medi minha vida em colherinhas de café;
Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono
(…Continue Lendo…)
Uma arte
Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.
Todos os Dias Você Joga
Sobre ti minhas palavras choveram carícias.
Desde faz tempo amei teu corpo de nácar ensolarado.
Chego a te crer a dona do universo.
Te trarei das montanhas flores alegres,
copi…
Soneto 116
Não tenha eu restrições ao casamento
De almas sinceras, pois não é amor
O amor que muda ao sabor do momento,
Ou se move e remove em desamor.
Oh, não, o amor é marca mais consta…
Tabacaria
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Soneto de Contrição
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.
Ah, Sim!
Há coisas piores do que
ficar sozinho
mas isso, frequentemente, leva décadas
para ser percebido
e, geralmente,
quando você percebe,
é tarde demais
e não há …
O Último Poema
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores q…
A vida está bem
Já que estou aqui vivo,
Acho que sigo vivendo
Podia ter morrido de amor –
Mas eu nasci pra viver
Pode até me ouvir gritar,
E pode até me ver berrar –
Mas eu vivo em…
Ainda Me Levanto
Você pode me inscrever na história
Com as mentiras amargas que contar
Você pode me arrastar no pó,
Ainda assim, como pó, vou me levantar
Minha elegância o perturba?
Por q…
Terra Desolada
De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece
Ou de tua sombra vespertina ao teu encontro se elevando;
Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó.
Homens Ocos
Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me …