O Último Poema
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
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Homens Ocos
Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
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Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me …
Folhas de Relva
Eu me planto no chão para crescer
com a relva que eu amo:
quando vocês de novo me quiserem,
é só me procurarem
debaixo das solas dos seus sapatos.
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Augúrios de Inocência
Ver um mundo num grão de areia,
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Ainda Me Levanto
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Terra Desolada
De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece
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Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó.
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Uma arte
Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.