PRIMEIRA CARTA AOS TESSALONICENSES
PRIMEIRA CARTA AOS TESSALONICENSES
FÉ, AMOR E ESPERANÇA
Introdução
Redigida em Corinto no inverno de 50-51, esta carta é o primeiro documento escrito do Novo Testamento e do cristianismo.
Atingido pela perseguição, Paulo teve que deixar às pressas a cidade de Filipos.
Dirigiu-se a Tessalônica (At 16,19-40), grande cidade comercial e ponto de encontro para muitos pensadores e pregadores das mais diversas filosofias e religiões.
Paulo anuncia o Evangelho e forma aí um pequeno grupo.
Mas, perseguido, tem que fugir (cf.
At 17,1-10) e seu trabalho corre o risco de se esvaziar diante das inúmeras propostas dessa grande cidade.
Então, de Atenas, ele envia seus colaboradores Timóteo e Silas para visitarem e trazerem notícias dessa comunidade perseguida.
Timóteo e Silas encontram Paulo em Corinto.
Ao receber deles a notícia de que a comunidade de Tessalônica continuava fervorosa e ativa, ele escreve esta carta para comunicar a sua alegria e estimular a perseverança da comunidade.
Nesta carta, Paulo também procura responder a algumas questões que preocupam a comunidade de Tessalônica.
Uma é o problema da vinda gloriosa de Cristo.
Os tessalonicenses pensavam que essa vinda se realizaria logo, e se perguntavam: Os que já morreram, será que não vão participar desse grande acontecimento? Paulo mostra que no fim da história, tanto os mortos como os vivos estarão reunidos para viverem sempre com Cristo ressuscitado.
A esperança é para todos, e todos participarão da vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte.
O Apóstolo relembra que a vida cristã é espera ativa do Senhor.
A espera, formada de fé e perseverança, leva a construir a comunidade no amor.
Ela faz olhar para o alto e para o fim da história, mas também leva os fiéis a se empenharem com todos os outros homens nas realidades terrestres, como o respeito ao corpo e o trabalho.
Uma espera que não deixa de reforçar a fidelidade ao Senhor, porque o céu nada mais será do que a plena manifestação da realidade que os cristãos já começam a viver no presente da história: a união com o Senhor para sempre.
TEXTOS RELEVANTES DESSA CARTA:
Pregamos o Evangelho a vocês trabalhando de noite e de dia, a fim de não sermos de peso para ninguém.
o Evangelho que pregamos não foi apresentado somente com palavras, mas com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção.
Vocês sabem o que fizemos entre vocês, para o bem de vocês mesmos.
Queríamos tanto bem a vocês, que estávamos prontos a dar-lhes não somente o Evangelho de Deus, mas até a nossa própria vida, de tanto que gostávamos de vocês.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, acreditamos também que aqueles que morreram em Jesus serão levados por Deus em sua companhia.
Deus nos achou dignos de confiar-nos o Evangelho, e assim o pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que sonda os nossos corações.
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