Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
detêm a mão ansiosa: Devagar.
Cada pétala ou sépala seja lentamente
acariciada, céu; e a vista pouse,
beijo abstrato, antes do beijo ritual,
na flora pubescente, amor; e tudo é sagrado.
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Dai, Senhor, o mais fino paladar
a quem tem por missão alimentar.
(In: Poesia Errante, 1988.)

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