Bati no portão do tempo perdido

Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma.
A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade; a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando
pela dor de chamar e não ser escutado.
Simplesmente bater.
O eco devolve
minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater.
O tempo perdido certamente não existe.
É o casarão vazio e condenado.

#amor#poemas#poesias#carlosdrummonddeandrade#escritores#famosos#diversos 135

Mensagens Relacionadas

“Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teu ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança”.

“Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança”.
(Trecho dos versos publicados originalmente no livro "Sent…

(…Continue Lendo…)

#carlosdrummonddeandrade#diversos#poemas#poesias#amor#escritores#famosos

Quando me acontecer alguma pecúnia

"Quando me acontecer alguma pecúnia, passante de um milhão de cruzeiros, compro uma ilha; não muito longe do litoral, que o litoral faz falta; nem tão perto, também, que de lá possa eu aspirar a graxa…

(…Continue Lendo…)

#famosos#poemas#poesias#diversos#amor#carlosdrummonddeandrade