Uma pedra não é imaginária
Uma pedra não é imaginária.
Visível, concreta.
Como tal, nada tem de religioso.
Mas no momento em que alguém lhe dá o nome de altar, ela passa a ser circundada de
uma aura misteriosa, e os olhos da fé podem vislumbrar conexões invisíveis que a
ligam ao mundo da graça divina.
E ali se fazem orações e se oferecem sacrifícios.
Pão, como qualquer pão, vinho, como qualquer vinho.
Poderiam ser usados
numa refeição ou orgia: materiais profanos, inteiramente.
Deles não sobe
nenhum odor sagrado.
E as palavras são pronunciadas: "Este é o meu corpo, este é
o meu sangue.
.
." — e os objetos visíveis adquirem uma dimensão nova, e passam a
ser sinais de realidades invisíveis.
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