Inda que a gente não queira Há o abismo A

Visto cara de coruja afoita seca por beber de

Visto cara de coruja afoita
seca por beber de noite
versos noturnos de canudinho
nos períodos diurnos
Sô passarinho adormecido.

moinho de versos movido a vento em noites de boemia vai

moinho de versos
movido a vento
em noites de boemia
vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia

Risco corre quem deseja E quem não corre Se reprime

Risco corre quem deseja
E quem não corre
Se reprime a vida inteira
Trancado em seu próprio mundo

O que tem por trás desse sorriso Que me

O que tem por trás desse sorriso
Que me deixa fissurado em você
É um misto de desejo e vício
Já tentei mas não consigo entender.

Será que vai ter o dia De eu ter

Será que vai ter o dia
De eu ter sua companhia
E nunca mais ver você ir embora

Sarabatana flechou coração do cantador da aldeia Que vive

Sarabatana flechou coração do cantador da aldeia
Que vive apaixonado fazendo poemas pro rio
E passa o dia contemplando seu pé de taperebá
Beijando bocas sonhadoras que vem lá do Amapá

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