“Dançando na Curva”
“Dançando na Curva”
Entramo-nos com a nossa dança
Impiedosa e circuncisa
Seres vivos entre águas
Um bailar de incertezas
Vegetação de outono
Formigas no inverno
Garoa no verão
Tempestade sem lembrança
Passiveis de tudo
Alheios a todos
Cansados e estupefos
Andar com os diferentes
A favor da correnteza
Bater frente ao vento
Violar o sol
Ferir-se nas rosas
Semear no verão
Colher no inverno
Soprar invés de assoviar
Contrariando a ventania
Cantando no sol
Dançando na nuvem
Sapateando na areia
No em cordão de harpa
Laço em linha de remendo
Cobertor de dia
Lençóis a noite..
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Para onde tu vais água do rio, devagar devagarinho
que os salgueiros te vêm passar e os choupos ficam a chorar
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pelo camin…
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Tudo que posso te dizer agora é que irei
Esperar até que o dia de te ter ao meu lado chegue
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O AMOR é feito semente e nuvem
Precisa salivar
a água da ternura
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Sinto fome e tenho sede.
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Sinto a lágrima escorrer em meu rosto Vejo a aguá correr pelo chão Enchergo o meu reflexo nessa água que vai e vem sem parar nesse chão Encontrando seu fim ela volta pro meu copo
Sinto a lágrima escorrer em meu rosto
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FREÁTICA Uma torneira cromada, na parede Água, água com veneno filtrada no calor, gelada para matar sede poluição na rede, freática d'água.
FREÁTICA
Uma torneira cromada, na parede
Água, água com veneno filtrada
no calor, gelada para matar sede
poluição na rede, freática d'água.
Antonio Montes