E se acabar a água

E se acabar a água, a comida, o assunto ou a fome, daí a gente imagina ao inventar.
Vamos lá, lembra do tempo que estudávamos juntos? Pois é, o assunto não vai fugir, não com a minha vontade de falar contigo aqui, junto a mim.
Me fala vai, dos teus amigos, dos amores, das quedas e risos.
Cadê o teu pincel que me pintava tão linda naqueles dias nublados? E o futebol, os gols, os frangos? Lembrei das nossas piadas sem graça das quais ríamos tanto, e da nossa primeira briga, e da nossa primeira ida a praia, e de quando descubrimos na nossa amizade um amor recíproco, e de quando a gente se beijou de um jeito tão quente naquele dia tão frio.
Me diz agora como que a gente se separou, assim sem nexo, sem motivo, e com tanta dor.
Eu quero você mais uma vez, mas agora eu quero para sempre, por inteiro, eu quero saber tudo.
Eu quero tudo que a gente puder ser.

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Autor: Julianna Galvão Nórlia Chaves. Categoria: Poemas sobre Água

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