SEGREGADOS
SEGREGADOS
Sorriam, enquanto,
Seus negros
Entristecidos
Dançavam.
Á volta, cirandas
Pálidas, batuques
Nos pés, e na alma?
Uma indignidade,
Golpeava as suas
Lembranças.
No porão – karmas
Vociferavam,
Por aqueles que
Já não tinham voz.
Na cozinha, sinhá,
Não aceitava os cânticos,
Relembrava-a, as suas
Insônias, de negras
Reluzentes, nos braços
De brancos envelhecidos,
Brincando de amores.
Não podiam parar,
O porão, a senzala, era
O destino de quem resistia,
Enquanto forçosamente
Sorriam, rios de sangue
Corriam em seus corações.
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