Sou culpado pela minha saudade

O que tinha como garantido,
Virou contra mim e se transformou em castigo,
Deixei de lutar e agora perdido,
Olho para baixo procurando sentido,
Sentença perpétua para o crime de não saber amar.
A verdade é que nada é certo,
Tudo tem o seu fim, nada é para sempre,
Um dia aqui, no outro se vai,
De dentro para fora, de longe para perto,
Se algo é correto, é que é a mim mesmo que devo culpar.
Amei e não cuidei.
Me esqueci que a vida é feita de curvas,
E que os motivos pelos quais,
Mesmo que sejam os mais banais,
Fazem quem está perto, querer se afastar.
Agora convivo com o vazio,
Memórias, fotografias e noites mal dormidas,
Preparado para procurar e nunca encontrar,
Ouvindo baixinho o peito falar,
Que saudades é o preço que devo pagar.