Presídio
Presídio
Tenho séculos submersos no teu corpo.
Apalpo a trovoada despida no olhar,
há aves que voam rente ao tempo cruel
relampejando geadas inesperadas.
Há abismos insurrectos
a transbordar champanhe nocturno.
Bebo o sorriso afogado
em luminosos cálices de trevas,
escuto chicotes ungindo labaredas
nos canais sombrios da alma.
Tenho séculos submersos no teu corpo.
Não sei como selar a decepção
que arde nos sulcos do desespero.
Colocaste-me grades na boca,
é insuportável o sangue descalço
que dança nuvens na garganta.
Trouxeste nos gestos ogivas lancinantes
a transplantar milénios de abandono.
Desmorono-me em silêncio
perseguido pelo assédio atómico
que flutua no encanto.
Anoitece em mim,
surtos desolados
escavam neblina na eternidade,
tudo grita o fim.
Alberto Pereira
Poema do livro "O áspero hálito do amanhã"
Mensagens Relacionadas
Baforadas de charuto
Baforadas de charuto
Saber viver é o que importa,
Não faz diferença o rico e o pobre.
Cuido das plantas pequenas,
Limpo os meus pensamentos.
Olho os movimentos da rua,
(…Continue Lendo…)
O despertar dos cantos das aves anuncia o nascer do sol, que irradia luzes e vozes, que acorda todas as frases ocultas em oração.
O despertar dos cantos das aves
anuncia o nascer do sol,
que irradia luzes e vozes,
que acorda todas as frases ocultas
em oração.
Tudo esse sol ilumina e,
por mais …
O OCASO
O OCASO
O sol nasce pras rosas
E brilha
Na ofusqueis da noite
Iluminando
As aves prateadas
Que reluz
Sob o céu anil
A colorir a relva para o porvir
(…Continue Lendo…)
VER DE CIMA
VER DE CIMA
Olhe os telhados, as aves, o mar…
A serra se aconchega a cordilheira
Derrama a cachoeira
E acolhe o vale ternamente
É assim que se ver de cima
As nuvens…
POESIA, TERNURA VERDE
POESIA, TERNURA VERDE
Agora a ternura vive entre minhas palavras
feito as aves dos grandes rios
que voam sobre as verdes florestas,
assim, a ternura voa sobre as poesias
…
Voar para longe de um caminho
Voar para longe de um caminho…
Anda a andorinha…
Que regressa em cada primavera…
Hoje não me apetece…
Fazer exatamente nada…
Ficarei e limitar-me-ei a ver as pessoas à ja…