INCÓGNITA
INCÓGNITA
Porque te disse: amor! Contudo, demente
Por teus beijos de fogo, alucinado…
E nem ainda a senti a boca; simplesmente
Por teu corpo de ouro – fonte de pecado!
Porque te disse ainda: ventura tanta!
E nem o teu calor senti tão perto…
Por tua voz que aos meus ouvidos canta,
E que’u nem sei donde vem ao certo!
Eu só quero o teu amor, desconhecido…
Eu só quero a tua paixão, seu amor perdido
Que canta aos meus ouvidos teus desejos…
Eu só quero m’enroscar na tu’alma louca…
Ao meu vigor intenso, dar-te a boca
O que de amor fosse a ti, primeiros beijos…
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