(PROSA)
(PROSA)
SENOR.
-- Ouça! Meu jovem, vê aquele homem?
JOVIN.
-- Sim, o vejo!
SENOR.
-- Ele é tão livre que um dia será preso.
JOVIN.
-- Preso!? Mas por qual motivo?
SENOR.
-- Por excesso de liberdade!
JOVIN.
-- Mas essa liberdade me parece inocente.
Não acha?
SENOR.
-- É!… Até mesmo ingênua.
Porém… É também vivaz.
É afiada… Perspicaz e eloquente.
JOVIN.
-- Então… Por que ão de aprisioná-lo?
SENOR.
-- Porque a liberdade alheia ofende.
E quem a busca é afetado por ela com veneno mortífero.
Por isso, a liberdade é tão restrita para aqueles poucos capazes de aprisionar-se em sua própria liberdade. Que, muitas vezes… Essa, chega a ser letal.
Pois, haja vista que "Livre", é o estado daquele que tem liberdade.
Liberdade, meu caro, pelo que pude aprender com um grande homem, é:… É uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
JOVIN.
-- Então… Ser livre é como cair num abismo profundo de dilemas inexoráveis?
SENOR.
-- Sim, Meu jovem.
É o que suponho.
JOVIN.
-- Então por que a existência da palavra liberdade? Seria apenas para dar esperança aos escravos?
SENOR.
-- Talvez, mas penso que criaram-na, apenas, para fazer com que os escravos continuem vivendo e crendo que, um dia, um dia… Talvez, serão libertos.
Porém, sabemos que aqueles que tentaram à liberdade, tiveram suas vidas ceivadas.
Assim como um grande amigo e, tantos outros que aqui nesta cidade jazem como grandes guerreiros da vida.
JOVIN.
-- Verdade, meu pai, quando vivo, me dissera algumas histórias sobre estes que buscavam liberdade.
SENOR.
-- Imagino, ah… Seu pai, meu grande amigo! É uma pena que seu pai tenha feito parte destas histórias.
Mas ele, sem dúvidas foi protagonista!
JOVIN.
-- Se o que me dizes é verdade… Presumo que meu pai tenha buscado tal liberdade.
Agora compreendo! Meu pai foi como ele.
Por isso disseste que ele será preso.
Pois ele está sendo como meu pai!
Prefere se manter preso em sua liberdade ameaçadora, lutado contra todos os sopros e, inclusive ventanias.
Do que deixar com que esta chama da esperança se apague.
SENOR.
-- Meu caro jovem… Agora conheceste teu pai por intermédio de duas palavras.
JOVIN.
-- Sim, mas também pelas recordações de um grande amigo dele, que o mantém vivo em seu coração.
SENOR.
--- Oh! Meu jovem… Obrigado por ensinar-me.
JOVIN.
--- Como assim? Tu foi quem me ensinou, e ao fazê-lo, fez-me conhecer meu pai.
SENOR.
-- Fico lisongeado! Mas o que acabei de aprender contigo… É que quando buscamos estas duas palavras que conheceste um pouco mais sobre teu pai… Contagiamos os que fazem parte do nosso convívio.
E assim, como ele, se acham presos; Mas também totalmente libertos em nossos corações.
Para trazermos-los à vida por intermédio de recordações.
JOVIN.
-- Então… "Recordar é dar vida aos que não mais vivem."
SENOR.
-- Foi o que aprendi contigo, Meu caro.
Bom… Já é hora de irmos para à casa.
Sua tia já deve ter preparado a janta.
JOVIN.
-- Vamos! Já estou faminto.
E ao caminhar… Pensou o jovem: "livre tão somente são os nossos pensamentos.
Pois, por muitas vezes permanecem apenas em uma vida onírica"
[ FIM ]…
Ass: ytsuo yang.
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