22 de cima pra baixo
22 de cima pra baixo, e de lado não tem conversa.
Dia do Santo Rafael, dia que eu mesmo rotulei sem Beatificação, pois pra ser Santo não precisa de permissão, precisa apenas querer, e assim o fiz sem restrição.
Dia de dupla tarefa, de se esconder sem regra, de se entregar sem reserva, um acolhimento de dois números, distintos, porém iguais.
Vida dividida em duas, uma no raiar da trombeta, já a outra do esconderijo provisório.
O realismo de tudo isso é manifestado em gente de ânimo dobre, animo salgado.
Um dois que precisa de outro dois para se completar uma dualidade percebida de longe, um massagear de ironizarão que não vejo como alguém consegue se corroer tanto.
Ele/ Ela são uma mudança de cores, que vai do vermelho e preto, como variar de cinza para branco, tudo depende de como o dia nasce, de como as pessoas reagem, de como o cordialíssimo do alheio é absorvido pelo autocontrole de alguém que está cansado demais para não notar que está sendo vítima de uma rotina que sufoca, que seca os rios pessoais que desaguam por dentro de mim, que enfraquece e não dá mantimento.
O 22 é o vermelho dos lábios dela, é o preto do terno dele, pode ser a cor cinza do temperamento dos dois, o branco que os distancia ou o que não se percebe, o que se fratura com a queda de ambos.
Desfaço-me em um ressecamento único, porém mortal, acabo-me.
Sem o outro dois o vinte e dois não é nada, será apenas um número qualquer, mas pelo que notei mesmo sendo apenas um dois, é necessário ter mais um número para formar um dois, então o dois que eu preciso está amarrado dentro dos dois, sufocado, apertado em circunstâncias incomuns de uma condição que não lhe dão nem se quer uma admiração por ser um dois na homogeneidade do 22, e sempre que há uma difusão de pensamentos entre os dois, a minha ardência se divide, enfarpelando o que costumo dizer, o que eu não disse ou o que irei dizer em um futuro que não clareia os pés do meu presente assustador, porém dissoluto.
O número da raça, do contentamento abreviado, da moradia de todos, do pai que não vê o filho há anos, do sagrado que não chegou a ser revelado, do ar, do apego, do atrito, da manifestação o 1 sem o zero que procurava, do surgimento do golpe que mortifica a ideia, do rápido demais que não se dá conta do bem estar do próximo, do enveredado caminho que duas almas se cruzam, de 2+2 que será um 4 futuramente.
Mensagens Relacionadas
Reflexão diária 30/09/2016
Reflexão diária 30/09/2016
Eu por eu mesmo, estranho essa frase, mas de grande sabedoria. Enquanto procurei administrar minha vida e, meu interior sendo o que as pessoas queriam quem eu fosse, s…
"… É ele… Só o silêncio! Todo o mais se cala. Tudo escuta! Tudo vai se reconstruindo.
É a hora do nada… A última hora.
Existir.
Contemplo o silêncio de ser eu mesmo.
Nada mais …
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem que
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem que eu mesmo provocava e temia. Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem sou. Era tal meu desv…
#poemas#gabrielgarciamarquez#pessoal#descricaoA paz que você me levou de graça
A paz que você me levou de graça
Eu quero paz, quero viver mais sem mim, assim, por ser, eu mesmo. Viver isto, cansar de estar com um sorriso só. Compartilhar a solidão de ser um sol à morrer. O…
Palavra do dia
Palavra do dia:( Meu melhor amigo sou eu mesmo! )
"Descobri que o meu melhor amigo sou eu mesmo, e mesmo assim, brigo com "êle" 24 horas por dia…
Brigo comigo mesmo todos os dias…
Va…
Sabe de nada inocente
Sabe de nada inocente!
Sou eu mesmo esse inocente.
De repente minha querida Amanda Palma começa a repetir o bordão e rir muito.
Pergunto o que quer dizer e ela não consegue explicar…