Sentimento Estranho Caio Rossan
Sentimento Estranho
Caio Rossan
Que o Futebol é a paixão nacional disso eu não tenho dúvida.
Basta lembrar que aquele 7x1 contra a Alemanha provocou uma comoção quase unânime.
Comoção ou revolta? Eis a questão.
Afinal, aquele 7x1 foi mais dolorido do que a corrupção que assola o país, o fato de estarmos aprisionados em nossa própria residência pelo medo de sair na rua e a crise da água, quem diria, no país com maior quantidade de água doce em seu território.
Não tenho dúvidas também que o que aconteceu com o Neymar provocou uma chacoalhada nos ânimos da brasileirada.
Foi um sentimento estranho, não é mesmo? As pessoas colocam um peso tão grande sobre as costas de alguém e um dia essas costas quebram, se partem, desmoronam.
Que coisa, foi até literal.
E esse sentimento estranho também é de impunidade.
Os juízes, aqueles que detêm o poder sobre o jogo, fazem o que querem, agem como bem entendem e enxergam a falta onde não há; em algumas situações até as enxergam, mas se cegam, “passam a mão na cabeça” e distribuem cartões para quem não merece.
Esse sentimento estranho é o reflexo do que acontece com o nosso mundo, em todos os setores onde vivemos, seja no trabalho ou no templo que você frequenta, seja na roda de colegas ou até entre sua família.
A impunidade está aí, presente, não apenas latente, mas manifestada e duramente perceptível.
Mas a questão é que nós nos acostumamos com a dor e não conseguimos senti-la com o peso devido.
O mundo olha para ela e ela desfila, com um “tchauzinho” de miss.
É possível dizer também que essa revolta que vivenciamos na mídia, poderia não ser tão escancaradamente parcial.
Esse povo nem sabe disfarçar.
Péssimos atores.
O pior é que tem gente que ainda acredita naquela atuação fajuta.
A mídia se indignou tanto com o 7x1 que seria impossível o brasileiro esquecer que um dia ele existiu.
A mesma mídia omissa e manipuladora, que cria sistemas e os destrói, que impulsiona heróis e que adora vê-los cair.
Talvez porque a mídia saiba quem nos tornamos.
A debilidade do sistema econômico, a decadência da saúde, a falta de segurança.
Fruto do desenvolvimento, da necessidade de criar mão-de-obra para exercer aquele trabalho nada escravo em empresas, em regimes dóceis e intimamente humanos, onde é possível prosperar e ter tempo para a família, para o lazer, até mesmo porque sempre sobrará dinheiro para tal.
O fato é que as cidades inflaram e não houve planejamento para o bem-estar das pessoas.
O que houve foi uma ilusão, uma ilusão amarga, cujo gosto é pior do que o fel.
E com isso, o que nos tornamos? Cada vez menos cooperativos e mais ambiciosos, imediatistas e consumistas.
Adoráveis adoradores ávidos do jeito Lannister de ser (manipulações, egoísmo, arrogância, egocentrismo e sede extrema pelo poder).
São pessoas com essas características que vemos ascender.
E não adianta dar um de politicamente correto.
São elas que queremos ser.
É a cabeça das pessoas sendo alterada e ninguém está se dando conta disso.
As pessoas não têm mais palavra.
Elas olham nos seus olhos e mentem descaradamente.
Estamos sob o domínio desses juízes.
Onde estão os nossos valores? Esquecidos, como um sentimento estranho 24 horas depois.
E aí você vê pessoas indo ás ruas motivados sabe-se lá porquê.
Uma coisa é lutar por um governo melhor.
Outra é caminhar com extremistas e compactuar com devaneios, como aquela faixa contra Paulo Freire.
Aquilo não existiu, né?
A sensação que toma conta dos ares é de que o brasileiro esqueceu quem ele é.
Esqueceu dos bons valores.
Deixou de lado o senso crítico e a lógica, afinal, a água está acabando por culpa dos governos atuais, certo? E a corrupção, bem, ela não existia antes e quem quer entrar fará diferente, porque se você for um governante, você fará a diferença, certo? Talvez porque a corrupção não está impregnada em suas veias, nos mínimos detalhes diários.
E Paulo Freire realmente deve ser esquecido, aquele homem cruel, com as barbas cheias do sangue daqueles que ele perseguiu durante a ditadura.
Ditadura essa que precisa voltar, através de um golpe militar, pedido pela população.
Essa é a nossa salvação.
A última esperança.
Talvez tenha sido por isso que o 7x1 doeu tanto.
Era a única chance do brasileiro sorrir.
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