Garoto pobre da zona sul, de roupa e alma rasgada tecia seu verso, incerto em seu velho caderno azul.
Garoto pobre da zona sul,
de roupa e alma rasgada
tecia seu verso, incerto
em seu velho caderno azul.
O telhado tinha uma goteira,
o madeirite tinha uma fresta,
Pela fresta assistia o universo,
A lua, as estrelas, que linda festa.
O dinheiro que o pai trazia,
dava pro pão, mas faltava pra vida.
A mãe dizia menino larga esse caderno
que isso não dá futuro, só ferida.
O garoto da favela nunca esqueceu a viela,
o povo, a dor, a sirene e o caderno.
Foi pro mundo muito cedo,
comprou um livro, vestiu um terno.
Nunca contestou as palavras
afiadas de sua querida mãe.
Desobedeceu ela até o fim da vida.
Em seu jazigo um poema:
Morreu o poeta da viela,
Venha estrela e venha lua,
espiar por entre a fresta.
Venham cear nessa rua,
Chorar a morte, fazer uma festa.
Cantar seus versos, contar seu amor
Fazer com que saibam que poetas
também nascem do calor da favela.
Roney Rodrigues em "Poeta da Viela"
Mensagens Relacionadas
491. Um verso…
491. Um verso…
Um verso quero fazer do amor
Com palavras lindas recitar
Do seu amor quero seu calor
No momento em que mim abraçar
Apertar.te quero sentir seu corpo
…
Tudo tem um quê de poesia Tudo tem um
Tudo tem um quê de poesia
Tudo tem um quê de sonhos
O amor é verso,
Em risos francos
É música suave
Canto!
Inverso do avesso E um verso.
Inverso do avesso
E um verso.
Todo meu amor nasce bem dentro do meu estômago
Ali se brota feito uma flor,
Ou borboletas me causam incômodo.
O frio na barriga me faz gelei…
Sorrindo vivo do alivio em cada verso que
Sorrindo vivo do alivio em cada verso que eu choro
Eu crio o meu desenho, Amor é tudo que eu tenho
ESTAVA ESCREVENDO UMV VERSO QUANDO A ALGUEM ME CHAMOU FUI
ESTAVA ESCREVENDO UMV VERSO
QUANDO A ALGUEM ME CHAMOU
FUI ABRI A PORTA
E ESTAVA MEU GRANDE AMOR