Garoto pobre da zona sul, de roupa e alma rasgada tecia seu verso, incerto em seu velho caderno azul.
Garoto pobre da zona sul,
de roupa e alma rasgada
tecia seu verso, incerto
em seu velho caderno azul.
O telhado tinha uma goteira,
o madeirite tinha uma fresta,
Pela fresta assistia o universo,
A lua, as estrelas, que linda festa.
O dinheiro que o pai trazia,
dava pro pão, mas faltava pra vida.
A mãe dizia menino larga esse caderno
que isso não dá futuro, só ferida.
O garoto da favela nunca esqueceu a viela,
o povo, a dor, a sirene e o caderno.
Foi pro mundo muito cedo,
comprou um livro, vestiu um terno.
Nunca contestou as palavras
afiadas de sua querida mãe.
Desobedeceu ela até o fim da vida.
Em seu jazigo um poema:
Morreu o poeta da viela,
Venha estrela e venha lua,
espiar por entre a fresta.
Venham cear nessa rua,
Chorar a morte, fazer uma festa.
Cantar seus versos, contar seu amor
Fazer com que saibam que poetas
também nascem do calor da favela.
Roney Rodrigues em "Poeta da Viela"
Mensagens Relacionadas
Solidão A Dois
Solidão A Dois
A solidão abraça como uma serpente.
O silêncio é o veneno presente
Na rotina que surgiu imprudente.
Dia e noite surge a indiferença amargando como sal cortante
(…Continue Lendo…)
Queria pra você fazer uma poesia Mas pra demonstrar o meu amor
Queria pra você fazer uma poesia
Mas pra demonstrar o meu amor, um verso não existia.
Queria poder te abraçar e te beijar
Mas tudo que posso é de lonje te amar.
Queria que na m…
Miligrama de verso XIV
Miligrama de verso XIV
Lento é o vento do amor.
Devastador
É o tufão da paixão.
Se o amor dói? Sim, dói Se foi feito pra fazer te coração enlouquecer qualquer verso, um acesso, um distúrbio um dilúvio, um desassossego tanto apego
Se o amor dói?
Sim, dói
Se foi feito pra fazer
te coração enlouquecer
qualquer verso,
um acesso, um distúrbio
um dilúvio, um desassossego
tanto apego
Se…
Sou canção
Sou canção, paz e poesia…
sou o verso, amor e amizade
sou estrada, faça noite ou faça dia
poeto a vida, o mar, o ar e a liberdade!