LEMBRANÇA
LEMBRANÇA
A casa era branca como a lã branca.
Nos fundos: o cachorro rottweiler, as mangueiras, carambolas, forno a lenha, varais, ruínas do cantinho deleitoso da finada Narda e o chiqueiro.
Centro de Mucurici.
Os coqueiros-imperiais a chilrear um canto melindroso acompanhados dos sinos de Fátima compunham as auras interioranas.As solidões de pores alaranjados já enterneciam o poeta da família.
A casa era branca como a branca neve.
Na varanda: verde-mato.
Vértices e colunas prestes a desgarrar da construção.
Vez em quando, sentíamos a noite.
Branco-breu, sem fundos, sem varada, sem mato.
Mas havia a cadeira de balanço e nela vovó sentava-se.
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