A uma mulher
A uma mulher
Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.
Rio de Janeiro, 1933
Mensagens Relacionadas

Eis a mulher amada
Eis a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
#agora#viniciusdemoraes#mulher#soneto#fim#vinicius#moraes#amorCâncer
Câncer
Você nunca avance
Em mulher de Câncer.
Seu planeta é a Lua
E a Lua, é sabido
Só vive na sua.
É muito apegada
E quando pegada
Pega da pesada.
(…Continue Lendo…)

Nádegas é importantíssimo
Nádegas é importantíssimo. Grave, porém, é o problema das saboneteiras. Uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes.
#poema#poetas#homenagem#pensamento#conquistar#curtas#vinicius#inteligente#cachorra#viniciusdemoraesSoneto da Mulher ao Sol
Soneto da Mulher ao Sol
Uma mulher ao sol - eis todo o meu desejo
Vinda do sal do mar, nua, os braços em cruz
A flor dos lábios entreaberta para o beijo
A pele a fulgurar todo …