Abro mão da primavera para que continues me olhando

Para o meu coração basta o seu peito

Para o meu coração basta o seu peito, para a sua liberdade bastam as minhas asas.

Sobre a terra

Sobre a terra, antes da escrita e da imprensa, existiu a poesia.

Quer-me quando menos o merecer

Quer-me quando menos o merecer, pois será aí que mais o necessito.

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Gosto quando te calas porque estás como que

Gosto quando te calas porque estás como que ausente e me escutas de longe, minha voz não te tocas. Parece que os olhos tivessem de ti voado e parece que um beijo te fecharás a boca.

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Tudo estava vazio

Tudo estava vazio, morto e mudo. Caído, abandonado e decaído. Tudo era inalienavelmente alheio. Tudo era dos outros e de ninguém, até que tua beleza e tua pobreza de dádivas encheram o outono.

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E se não dá mais

E se não dá mais, apenas encontre o que está em suas mãos, creia que dar amor nunca é em vão. Vá em frente sem olhar para trás.

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