COMPANHEIROS
COMPANHEIROS
quero
escrever-me de homens
quero
calçar-me de terra
quero ser
a estrada marinha
que prossegue depois do último caminho
e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados
deixo
a paciência dos rios
a idade dos livros
mas não lego
mapa nem bússola
porque andei sempre
sobre meus pés
e doeu-me
às vezes
viver
hei-de inventar
um verso que vos faça justiça
por ora
basta-me o arco-íris
em que vos sonho
basta-te saber que morreis demasiado
por viverdes de menos
mas que permaneceis sem preço
companheiros
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Sempre que te olho
Sempre que te olho, seus olhos verdes
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Seja forte…
Seja forte…
Mas, não como o mar
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e sim, como a rocha
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Serenos e tempestuosos igualmente Acalmam e amedrontam com a
Serenos e tempestuosos igualmente
Acalmam e amedrontam com a mesma intensidade
Em frente ao mar sou parte dele, como em frente
ao amor, tão perto e tão distante, tão doce e cruel
(…Continue Lendo…)
Não leio palavras nos teus olhos mas vejo com
Não leio palavras nos teus olhos
mas vejo com a sua luz
um tempo de céu
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Não leio palavras nos teus olhos
leio a prata dos silêncios
No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar.
No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.
Homem livre
'Homem livre, tu sempre amarás o mar!
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