Elogio da Loucura

Ser chamado de LOUCO me soa como elogio

Ser chamado de LOUCO me soa como elogio, afinal o que mais tem no mundo é gente LÓGICA vivendo infeliz.

E porque

E porque, segundo o meu costume, não hei de vos falar mais livremente? Dizei-me, por favor: serão, talvez, a cabeça, a cara, o peito, as mãos, as orelhas, como partes do corpo reputadas honestas, que …

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Dizei-me por obséquio

Dizei-me por obséquio: um homem que odeia a si mesmo poderá, acaso, amar alguém? Um homem que discorda de si mesmo poderá, acaso, concordar com outro? Será capaz de inspirar alegria aos outros quem te…

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Porque como escreveu Erasmo no Elogio da Loucura Às

Porque como escreveu Erasmo no Elogio da Loucura
Às vezes é preciso ser louco pra dizer o óbvio

Os velhos são duas vezes crianças.

Os velhos são duas vezes crianças.
(citado em Elogio da Loucura)

Odeio o menino de saber precoce.

Odeio o menino de saber precoce.
(citado em Elogio da Loucura)

se um dia te chamarem de louco leve como elogio

se um dia te chamarem de louco leve como elogio.

[…] bastará olhar-me de frente para logo me conhecer a fundo, sem que eu me sirva das palavras que são a imagem sincera do pensamento. Não existe em mim simulação alguma, mostrando-me eu por fora o qu…

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[…] desde que me presteis ouvidos com bastante atenção.

Eu sempre gostei muito de dizer tudo o que me vem à boca”.

Eu sempre gostei muito de dizer tudo o que me vem à boca”.
(Elogio da Loucura)

Se um dia me chamarem de louco

Se um dia me chamarem de louco, entenderei como elogio, é uma honra ser diferente desta sociedade.

Quem poderá pintar-me com mais fidelidade do que eu mesma

Quem poderá pintar-me com mais fidelidade do que eu mesma? Haverá, talvez, quem reconheça melhor em mim o que eu mesma não reconheço?

Se um dia te chamarem de louco

Se um dia te chamarem de louco, considere um elogio.

Contentar-me-ei de ter elogiado a loucura sem estar inteiramente louco

Contentar-me-ei de ter elogiado a loucura sem estar inteiramente louco.

Loucura

Loucura: “sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento”.
(Elogio da Loucura)