Frases de Fernando Pessoa

Que fiz de mim

Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido,
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido

A ciência

A ciência! Como é pobre e nada!
Rico é o que alma dá e tem.

Vivo sempre no presente

Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho.

Os meus pensamentos são contentes

Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes

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Quanto mais fundamente penso

Quanto mais fundamente penso, mais profundamente me descompreendo.

A arte é a expressão de si mesmo lutando por ser absoluto

A arte é a expressão de si mesmo lutando por ser absoluto.

O espelho refleti certo

O espelho refleti certo;
só não erra porque não pensa.

Tudo vale a pena se a alma não é pequena

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

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cartas de amor ridículas No meu tempo escrevia cartas

cartas de amor ridículas
No meu tempo escrevia cartas ridículas
Nelas so ha mentiras e que as mesmas convênce milhares d pessoas, os ditos leitores

A vida é cousa tão séria

A vida é cousa tão séria, os seus problemas são tão graves, que a ninguém assiste o direito de rir. Quem ri é estúpido — de momento, pelo menos. A alegria é a forma comunicativa da estupidez.
(A…

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Dizem que as flores são todas Palavras que a terra diz

Dizem que as flores são todas
Palavras que a terra diz.
Não me falas: incomodas.
Falas: sou menos feliz.

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as dua…

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Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.

Quando eu quis tirar a máscara ela estava pregada à cara

“Quando eu quis
tirar a máscara
ela estava pregada à cara.
Quando enfim tirei
e me vi no espelho
já tinha envelhecido muito”.
(Mar Português)

Sinto, por vezes, um temor espantado das minhas inspirações, dos meus pensamentos, compreendendo quão pouco de mim é meu.

Sinto, por vezes, um temor espantado das minhas inspirações, dos meus pensamentos, compreendendo quão pouco de mim é meu.
(aforismos e afins)