DOBRE
DOBRE
Peguei no meu coração
E pu-lo na minha mão
Olhei-o como quem olha
Grãos de areia ou uma folha.
Olhei-o pávido e absorto
Como quem sabe estar morto;
Com a alma só comovida
Do sonho e pouco da vida.
Fernando Pessoa, 1913
Mensagens Relacionadas
Querer entender o que o outro sente é discordar dele
Querer entender o que o outro sente é discordar dele, sentir o que o outro sente, é ser o outro…E ser o outro é de grande importância metafísica.
#pessoa#fernando#fernandopessoaNão fiz nada, bem sei, nem o farei, Mas de não fazer nada isto tirei, Que fazer tudo e nada é tudo o mesmo, Quem sou é o espectro do que não serei.
Não fiz nada, bem sei, nem o farei,
Mas de não fazer nada isto tirei,
Que fazer tudo e nada é tudo o mesmo,
Quem sou é o espectro do que não serei.
Vivemos aos encontros do aba…
Vento
Outras vezes ouço passar o vento,
e acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido
Se algum dia alguém deixasse de me achar ridículo
Se algum dia alguém deixasse de me achar ridículo, eu entristecia ao conhecer-me, por esse sinal objectivo, em decadência mental.
#fernandopessoa#pessoa#fernando
São as minhas confissões
São as minhas confissões, e, se nelas nada digo é que nada tenho que dizer.
#pessoa#fernandopessoa#fernando
Grande é a poesia
Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor que há no mundo são as crianças.
(in "Liberdade")