Quando já não havia outra tinta no mundo
Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.
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O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as dua…
O poeta é um fingidor
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
Fingimento
Fingimento
Nunca fui poeta,
fingi que era para sobreviver.
Existe alguma forma mais bonita
de enganar a si mesmo,
brincar de ser profeta,
ser feliz, viver?
Er…