Não sei por que você não me alivia a dor
Não sei por que você não me alivia a dor.
Todo dia a senhora levanta a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto.
Não sei que graça pode achar dos meus esgares, é uma pontada cada vez que respiro.
Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável, para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor.
Mas bem antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco assim, uma dorzinha chata a me espetar o tempo todo, e de repente uma lambada atroz.
Quando perdi minha mulher, foi atroz.
E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida.
Mas nem assim você me dá os remédios, você é meio desumana.
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