Me procure sem motivo aparente e faça tempestade
Me procure sem motivo aparente e faça tempestade em copo d’água.
Me apavore, me enlouqueça e me envolva numa suposta pretensão.
Me instigue, me irrite, invente motivos para pensar que pode ser e depois me alucine parecendo dizer não.
Fuja.
Passe dias, noites, horas ao meu lado e me conforte.
Me acalme, me anime, me faça rir.
Depois desapareça, me esqueça, me critique, me hipnotize.
Confunda.
Se declare, me rejeite, me difame, me oriente e eu, gramaticalmente incorreta, continuarei incoerente, desconexa, envolvida.
Procurar-te-ei em tudo, em todos.
Não te encontrarei, não saberei quem és.
Imaginarei minha vida envolvida, enrolada nos teus braços, nos teus olhos.
Em filmes, músicas, pássaros e copos de uísque barato eu me trancarei, esquecer-me-ei, afogar-me-ei.
Um, dois, três, quatro modos de loucura.
Às vezes cinco, muito gelo e um gole.
Entorpecerei logo.
Aí, devassados, vestiremos a nudez, compartilharemos o mesmo teto por uma noite, saborearemos o melhor vinho: fel.
Transmitiremos calores incansáveis, incessantes e adormeceremos exaustos apenas sabendo que o inferno é o máximo.
Depois fingirei que nunca te conheci e te encararei no meio da pista.
Dançarei contigo como se tivéssemos dezoito anos e ficarei contigo, transarei no primeiro encontro.
Esquecerei tua nobreza e me insinuarei para ti, seduzir-te-ei e enfim te terei novamente aqui.
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