ACHO QUE TE MEREÇO
ACHO QUE TE MEREÇO
Lembro como se fosse hoje quando as aulas iniciaram e você estava sentado do lado direito da sala, e eu do lado esquerdo.
Acho que é por que todos os meninos estavam do lado direito e as meninas do lado esquerdo.
Te achava o menos destacável e com isso o mais invisível.
Por incrível que pareça nunca me passou pela cabeça alguma menina gostar de você.
Na verdade trocávamos olhares, lembra? A líder da meu grupo dizia que as regras básicas para ser uma garota do grupo era: nada de garotos.
Acho que é a regra básica pra quem não sabe para que servem os garotos, afinal tínhamos apenas 10 anos.
Tudo mudou quando estava viajando com minha família de férias para o litoral do meu estado, e eu tinha 15 anos.
Gostava de música pop, de imaginar amores impossíveis e inevitavelmente, pensar na prova final.
Não sabia que minha mãe era amiga de escola da sua, foi quando em uma padaria perto da praia que nós nos vimos outra vez.
Você estava com 16.
O meu maior desejo naquele momento era que, a conversa delas terminasse e eu definitivamente saísse da mesa que estava sentada com você.
Nunca senti tanta vergonha.
Primeiro: eu estava de biquíni, short e chinelo de borracha.
O que é comum pra quem vai passar as férias na praia.
Mas foi desconfortável pra mim.
Depois de muito te esnobar, mexer no cabelo, olhar para unhas de cabeça baixa, escutei um: “Oi”… E respondi de volta.
Foi quando minha mãe gritou:
- Vamos filha!
Foi a melhor coisa que ouvi naquele momento.
Então, olhei para você e sai, te deixando sozinho na mesa.
Depois daquele dia, nunca mais te vi.
Fui pra praia e fiquei por lá, analisando o mar, enquanto algumas pessoas cantavam músicas ao som do violão e eu bem de longe, olhava.
Quando as férias acabaram, cheguei na escola com objetivos de não ficar na prova final e parar de ficar imaginando romances impossíveis.
Foi quando te vi novamente e definitivamente não tinha mais como fugir.
Você era da minha sala.
Não sabia o que fazer!
Ainda me lembro quando se aproximou de mim, já sabia que você tinha beijado outra garota de uma turma mais avançada que a nossa.
- Você tem uma caneta?
- É óbvio que eu tenho.
Pensei.
Qual a pessoa que vem para escola e não tem caneta?
O tempo foi passando, e pude notar uma aproximação anormal.
De distantes, passamos a ter amigos incomuns e nas rodas de conversa que ocorria alguns finais de semana, eu me pegava sentada, no sofá com você assistindo algum filme, e comendo pipoca.
Notei que o único assunto que me interessava, naquele momento era o que vinha de você.
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