O poliglota analfabeto
O poliglota analfabeto, de tanto virar o mundo, ver as coisas e falar os papos, parou para pensar ao pé de uma montanha.
Assaltaram-no dois pensamentos.
Um na língua materna, outro em língua estrangeira.
O primeiro fez a pergunta, o outro respondeu.
Resultado: sou pai de minhas perguntas e filho de minhas respostas.
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Ontem(s) e hoje(s), amores e ódio,
adianta consultar o relógio?
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Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e…
lembrem de mim como de um que ouvia a chuva como
lembrem de mim
como de um
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um homem com uma dor é muito mais elegante caminha
um homem com uma dor
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só tiro
o que lhe deu o vento
Basta um instante E você tem amor bastante
Basta um instante
E você tem amor bastante.