Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô
Estava chovendo quando saí de casa para a estação de metrô.
Era bem cedo, não havia muita gente na rua, apenas alguns comerciantes abrindo suas lojas e pessoas voltando de trabalhos noturnos com um ar de cansaço.
A melancolia recorrente do dia nublado era evidente e eu gostava daquilo, me fazia pensar sobre a vida, sobre a tristeza personificada em um dia qualquer, nublado e chuvoso.
Chegando na estação logo avisto uma condução vindo.
Após entrar no metrô vou andando para os vagões da ponta, onde posso ficar encostado em uma haste de metal.
Começo a observar ao meu redor, muitas pessoas pegam essa condução pela manhã pois vão trabalhar, estudar ou os dois, como eu.
Muitas feições de cansaço e tristeza, assim como as dos trabalhadores que vi mais cedo.
Foi aí que me perguntei: “Mas por que essas pessoas estão tristes em plena manhã?”.
Estava maquinando e pensando nos porquês das caras murchas que via ali na minha frente quando avisto uma senhora em pé sendo espremida entre duas outras pessoas.
Cheguei mais perto e a ajudei a sair de lá, quando percebi ela já estava no meu lado com um sorriso que ia de uma orelha a outra, me agradeceu e perguntou a onde eu estava indo numa manhã tão chuvosa, eu virei e falei que estava indo trabalhar e logo ela se aquietou, alguns minutos depois voltou a falar comigo:
- Percebi uma coisa nessas manhãs nubladas, todas essas pessoas que vejo todo santo dia estão com essas mesmas caras.
Meio amargas e olha que nenhuma ainda chegou na minha idade!
- Eu percebi a mesma coisa hoje, nenhum sorriso, nenhuma feição alegre, apenas rostos pálidos e distantes.
Conversando mais um pouco com a pequena senhora percebi o quanto de vida ela emanava que, por mais que sua aparência evidenciasse sua idade avançada, ela estava disposta e alegre.
Desci na Estação Central, ainda estava chovendo quando saí da estação.
Andando na rua me deparo com uma moça de meia idade segurando uma criança de colo, era uma pedinte e estava cedo da manhã naquela chuva, embaixo de uma sacada para não se molhar.
Percebi que diferente das pessoas tristes que vi hoje, o semblante dela se destacava, era indiferente, escondido.
Quando passei ela me deu um sorriso e estendeu a mão que não segurava a criança, eu já havia tirado uma cédula para dar.
Ela me deu um sorriso e logo me agradeceu, assim como a senhora no metrô.
Naquele mesmo dia eu percebi o motivo da tristeza desvairada que presenciei.
Depois disso, sempre que acordo peço aos céus que o desejo de ajudar o próximo consiga sempre superar o egoísmo e falta de esperança no ser humano.
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