ABAFANDO OS GRITOS
ABAFANDO OS GRITOS
Eu e essa mania de tentar escrever coisas que provavelmente sinto.
O problema é que muita das vezes eu não entendo ou não sei explicar o que se passa comigo, então fico aqui assim, como agora… Empacada, sem saber como escrever o que estou sentindo no momento.
O pior é que escrever é a única maneira que definitivamente consigo me desfazer de tais sentimentos.
Escrever é a forma que encontro pra desabafar, desengasgar, sair do casulo, me libertar das algemas… Assim me liberto de meus sufocantes pensamentos que me fazem ter vontade de gritar o tempo todo.
Eu me calo, abafo meus gritos dentro de mim e quando eles (os gritos) ficam mais altos que todos os sons externos, acabam fugindo pelos meus olhos.
Hoje confesso que não sei se o que eu sinto é a pura saudade, medo do que não estou me permitindo sentir, ou apenas tristeza.
Não se engane, não é esse tipo de tristeza que estais a pensar… Falo tristeza vinda da decepção.
Decepcionei-me comigo mesma.
Eu jurei, prometi a mim mesmo que não iria mais me apaixonar, depois das coisas que me aconteceram, eu queria esperar.
Mas eu me iludo fácil, crio expectativas pra tudo… Adoro abraços inesperados, uma implicância com pitadas de carinho, amo receber elogios e se eles não forem ligados a minha beleza são melhores ainda! Gosto de saber que a pessoa gosta do meu jeito de ser, assim eu não preciso ficar preocupada quando quiser usar minhas camisas super largas, andar descalça e sem maquiagem pela casa.
Tenho uma mania feia de me importar com as opiniões alheias, mas isso depende do meu humor.
Tem dia que eu estou de bem com a vida e não me importo com nada, mas também tem aqueles que qualquer comentário acaba comigo.
Em um dia posso ouvir "Nossa, sua cara é horrível" e continuar bem, no outro dia posso ouvir "Sua unha do dedinho mindinho é feia" e cair em prantos.
Mas o "Zé" -o chamarei assim para manter a identidade do indivíduo preservada- apareceu justamente no dia em que eu não estava me importando com absolutamente nada, nem mesmo com a sua presença em minha casa.
Eu estava com um short jeans, blusa larga, cabelo meio doido (leia-se desarrumado) e sem maquiagem.
Eu sempre vou dando de mim para as pessoas aos poucos, pois tenho certo medo da forma que elas podem me julgar.
Mas a diferença é que fui eu mesma, sem limitações.
Mostrei como sou sem nem pensar se ele gostaria ou não, e se não gostasse também… Não faria a mínima diferença, pois como já disse eu não me importo com a opinião dele.
Continuei sendo a quase mulher de 20 anos, boba, desengonçada, de risos histericamente descontrolado.
Permaneci falando coisas idiotas, fazendo gestos toscos com as mãos, fazendo minhas danças idiotas, expressando minhas opiniões de maneiras enroladas, e mostrei a dependência que tenho pela minha mãe.
A única coisa nele que reparei foi aquele jeito ridículo de chamar atenção e querer ser bom em tudo, e na boa? É uma das piores coisas que um cara pode ter e com isso ele só ganha meu desprezo.
Sempre que eu posso dou um fora nele e digo que ele se acha.
Mas sabe o pior de tudo? Ele gosta… Eu gosto… Gosto da maneira que ele me olha, gosto de quando ele diz que estou bonita, gosto quando ele fica dando nomes à maneira que me visto no dia… Gosto mais ainda quando ele diz que tem mais que uma queda por mim.
Só que eu não posso.
Não posso permitir tais pensamentos, tais sentimentos.
Ele tem namorada e eu prometi não gostar de alguém tão cedo! Não faz nem um mês que tive mais uma decepção amorosa para a minha coleção e ele aparece me dando carinho.
Zé: - Olha a carinha dela de triste quando eu falo que vou embora!
Eu: - Aff garoto, se enxerga… Só porque você fica triste com a minha ausência não quer dizer que eu fique com a sua.
Mas ele tinha razão.
Meu coração dói.
Eu sinto falta dele e fico contando os dias para ele aparecer.
Eu queria algo para pelo menos matar um pouco da saudade que sinto dele, então acabei pegando emprestada uma pulseira de tecido dele.
Quando deitei para dormir parecia que o Zé estava ao meu lado… Seu cheiro estava muito forte e eu achei que estava louca por estar sentindo.
Mas quando aproximei o meu braço em meu rosto, pude perceber que seu perfume estava fortemente na pulseira.
E ali adormeci.
E assim eu sigo escondendo, abafando, fingindo e ignorando qualquer sentimento que vem de você.
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