Floresta 'eu'
Floresta 'eu'
Caminho em meio a uma floresta nomeada "eu".
Vago por entre as árvores, busco um caminho menos tortuoso.
Encontro (ou não) repouso…
O sol brilha forte e seca apenas as plantas insentas da humidade de um rio que passa por ali, ora com águas claras ora com águas escuras, dependendo da estação.
A tempestade chega e modifica a textura do solo, das pedras e das plantas.
Raios atingem árvores, danificando-as temporariamente ou para sempre.
Meus passos tornam-se mais rápidos e minha respiração ofegante, pois os abrigos seguros tornam-se escassos.
A tempestade cessa e vem a calmaria.
O sol se põe, uma brisa leve movimenta lentamente algumas folhas.
Ouço um relâmpago em um local muito distante.
O medo desaparece junto com a preocupação.
Os perigos são inevitáveis quando surge a noite.
Não há lua nem estrelas para clarear o céu.
As malditas feras trazem consigo a insegurança.
A morte poderia vir a qualquer momento.
A noite termina e a claridade consome com a minha amargura o dia é torna-se normal e rotineiro.
De repente, árvores surgem e outras desaparecem a minha frente, interajo com criaturas metafísicas e o sol muda de cor (cor desconhecida).
Tudo muda de textura: solo, pedras e plantas (texturas desconhecidas).
O rio inverte seu curso.
E por momento o tempo para e não consigo diferenciar o dia da noite, a manhã da tarde e a tempestade da calmaria.
Passado, presente e futuro se encontram.
Cores e texturas desaparecem por completo e o rio congela.
Depois de tudo isso, vejo algo inacreditável e espetacular: tudo volta ao normal, isto é, volto a caminhar em meio a floresta como se nada tivesse acontecido.
Na verdade, nada aconteceu ou tudo deixou de acontecer.
Chego ao final!
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Manoel de Barros.