FARSA
FARSA:
Não me apraz
O ouro ou a prata
Eu nasci sob a casta
Que mata…
Meu coração?
Um misero palhaço
Não me impunha raça…
Não me faculta graça…
A construção poética, uma carcaça
Uma medonha farsa!
É flor sem perfume
Sonho que se sonha sem sonhar.
Não me apraz
O riso vulpino do poeta
Sobre a dor que tingida
De certo é dor fingida…
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Quando eu nascí, com certeza,
o mundo não perdeu eixo…
Não abafei, por nobreza,
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Nada mudou com meu berro,
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Os pássaros cantam
Os pássaros cantam,
Para te agradar,
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VIVA OFERTA
VIVA OFERTA
Venho Senhor, diante de ti me oferecer como viva oferta de amor. Pois se eu nasci foi para te adorar e te pertencer. Faça em mim todas as coisas segundo a tua vontade.
Eu nasci personagem Vivo vidas que não vivi. Não sou eu que crio histórias, As histórias vêm até mim.
Eu nasci personagem
Vivo vidas que não vivi.
Não sou eu que crio histórias,
As histórias vêm até mim.
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Escrever o dia inteiro
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Quando eu nasci, um anjo torto desses que são iguais ao cerrado Disse: vai, e pelo devaneio seja absorto
Quando eu nasci, um anjo torto
desses que são iguais ao cerrado
Disse: vai, e pelo devaneio seja absorto
(Luciano Spagnol
poeta mineiro do cerrado)
*parodiando Carlos Dru…
Hoje eu nasci Pus a minha melhor roupa Enchi
Hoje eu nasci
Pus a minha melhor roupa
Enchi o bolso de sonhos
E sem horas vãs
Colhi poesia.