Sinto muita paz, Gostaria de comemorar, Deixei para trás, Algo a desmoronar.

Sinto muita paz,
Gostaria de comemorar,
Deixei para trás,
Algo a desmoronar.
Enfrento a melhor idade,
Pra todo mundo ver,
Sem sacanagem,
Acabei de perceber,
É tão acolhedor,
Que sinto a energia,
Simboliza amor,
E imensa alegria,
Um sorriso de repente,
Surgindo em tudo,
Fico eloquente,
E também mudo.
Que dia é esse?
Que hora é essa?
Se antes percebesse,
O valor de uma prece.
Mas agente se esquece,
E pensa não precisar.
Mas só quem merece,
Vai poder voltar,
A se entender,
Compreender a vida,
Daí volta a chover,
E começa a ver,
A massa falida,
A sua volta,
Passava despercebida,
Vida morta,
Disfarçada de corrida,
De disputa,
De poder,
Uma grande luta,
Sem por que,
Ou pra que.
Se quisessem saber.
A fonte de paz e calma,
A nos envolver,
E até na alma,
Faz conceber.
Algo tão bom,
Que pressinto.
Até nos sons,
Sinto o infinito,
O ego quebrando,
Orgulho e vaidades,
Se esfacelando,
Sobrando só verdades,
Algo absoluto,
Uma vida que importa,
No meio disso tudo.
Só quem suporta.
Pode experimentar,
A sua inexistência,
Nessa muvuca,
Que com resistência,
Não se deixa levar.
Pelo infinito.
Que já é máxima.
Mesmo que custe gritos.
Vai ser a próxima.
A sentir o grande alívio,
Dessa tortura mental,
Como um colírio,
Vindo do sobrenatural.
Precisa só se arrepender,
De viver obsoleto,
Para compreender,
Quantos amuletos.
Juntamos na vida,
E trocamos,
pela existência infinita,
Não se preocupem,
Quando morrer,
Enquanto desocupam,
Voltam a ver.
E a entender,
Que nada disso,
É você.