Hino à Tarde (soneto)
Hino à Tarde (soneto)
Do sol do cerrado, o esplendor em chamas
Na primavera florada, entardecendo o dia
Fecha-se em luz, abre-se em noite bravia
Inclinando no chão o fogo que derramas
Tal a um poema que no horizonte preludia
Compõe o enrubescer em que te recamas
Rematando o céu em douradas auriflamas
Tremulando, num despedir-se em idolatria
Ó tarde de silêncio, ó tarde no entardecer
De segreda, as estrelas primeiras a nascer
Anunciam o mistério da noite aveludada
Trazes ao olhar, a quimera do seu entono
Cedendo à vastidão e à lua o seu trono
Sob o véu de volúpia da escuridão celada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Mensagens Relacionadas
Eu verão!
Eu verão!
Vestidinho
floral.
Sonhos
de primavera…
Mesmo que
eu seja verão!
E fez dos meus olhos
E fez dos meus olhos, o mundo.
Transformou meu inverno em primavera,
fez do meu coração uma fera,
e me deixou sendo comido por ela.
As tartarugas do lago Ora comem
As tartarugas do lago
Ora comem, ora não comem,
Nestes longos dias de primavera.
Primavera
Primavera
Primavera gentil dos meus amores,
- Arca cerúlea de ilusões etéreas,
Chova-te o Céu cintilações sidéreas
E a terra chova no teu seio flores!
Esplende, Primaver…
Chegou na primavera Não percebeu que já era teu E
Chegou na primavera
Não percebeu que já era teu
E o vento levou
O que nunca desejou que fosse teu.
Visto-me de primavera
Visto-me
de primavera…
Escrevo em minha alma sonhos perfumados.
Transbordo suavidades…
Deito-me na leveza da brisa.
E espero o amor me sentir!
Quando me encontrar……