Depois que a face envelhece
Depois que a face envelhece,
ela volta a escrever:
Contos para a juventude.
Volto para casa
Volto para casa,
sonho com outro mundo,
do nascer ao braço do mar,
tenho a paz das árvores no campo.
Pássaros pairam ao meu lado.
Sou um deles!
Tudo lindo, tudo tr…
O meu avô deixou para o meu pai
O meu avô deixou para o meu pai,
o meu pai deixou para mim,
deixarei para os meus filhos e netos.
Duas poesias no café da manhã
Duas poesias no café da manhã,
no almoço três a quatro,
converso com os versos,
pelo resto da tarde,
por toda a noite,
infinitamente pela vida…
A infância vai
A infância vai, a criança senil fica,
ao menos farto de anos,
comemoro os melhores dias nesta vida,
até que eu pisque um olho, acordado,
quem é já nasce pronto!
A felicidade é um bem constante
A felicidade é um bem constante,
com você a todo instante,
dentro de cada momento,
que deixa passar, sem aproveitar,
em pensar não ser importante,
vai sem dizer, tente pe…
Redescobri nos dias feitos para nós
Redescobri nos dias
feitos para nós,
já não os tenho,
como outrora,
eu estive
apaixonado
por você e pela vida!
Acendo um prazer dispensável
Acendo um prazer dispensável,
sento e trago na vida,
tristeza que passa:
Pessoas desconhecidas.
Pessoas diferentes.
Tento conhecer
esqueço quem sou,
sem sa…
derrama vinho no sofá
derrama vinho no sofá:
— Tudo bem meu amor, isso é normal,
mas cuidado com o cigarro aceso em cima da minha…
— Da nossa…
— De nenhum dos dois (Coleção de poesia marginal).
A infância não sobrevive no tempo
A infância não sobrevive no tempo,
somente assombra na lembrança.
O mistério sem providência
O mistério sem providência,
cobra imposto
sobre a alegria.
Sou caçado, torturado
e preso! Por só
negar tristeza!
assisto a minha família
assisto a minha família,
e compreendo o sucesso das novelas!
Era uma tarde como esta
Era uma tarde como esta.
O vento brando
beija meu rosto esmaecido.
Namoro o inverno
na entrada da estação;
entre o trem e a plataforma,
ouço Bolero de Ravel
O dedo bate na corda do violão
O dedo bate na corda do violão,
bate uma saudade!
As mãos batem no tambor,
bate uma solidão!
Estou no som da dor,
não há lamento no silêncio.
Coração por que me i…
O tronco de concreto
O tronco de concreto,
sem frutos, sem folhas,
a luz esconde
a liberdade,
não tem asas,
para o sol visto
de outro horizonte.