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porque a saudade nunca chega a morrer

porque a saudade nunca chega a morrer, e apesar de ser grande a vontade de viver, a morte me virá buscar e a vida me há-de chorar…

alguma coisa salta da minha lembrança sempre que olho um batente, assim como que uma vaga doce e amena que me transporta à infância…

na memória palpita um mundo de lembranças, num afã a abrir-nos a porta da saudade…

Mesmo que trazendo no rosto um cativo sorriso, não é sinal de felicidade é tão somente o disfarce duma lágrima teimosa…

a felicidade é como um aguaceiro repentino, que desaparece sem dar tempo
a uma pessoa para abrir o guarda-chuva.

a vida é areia que escoa por entre
os dedos por mais hábeis que sejam,
é na verdade uma desolada estrofe difícil de
soletrar…

mudam as estações, logo chega o inverno, também a vida muda e traz o frio na recta final.

a melhor forma de sermos felizes é a de alegramo-nos com as coisas boas que acontecem aos outros…

Tudo tem um limite, até as lágrimas que se derramam por amor… logo a mais obscura penumbra no coração se torna claridade.

no balancear dos loureiros deixei a minha infância, hoje as memórias me chegam na corrente da brisa, num murmúrio de nostalgia…

a noite abre o baú das lembranças, palpitantes de aromas da infância, colheita de certezas e sonhos.

teimosa nostalgia que me ata à vida… subirei sem vacilar até ao topo da montanha.

as nuvens percorrem o firmamento navegando nas alturas, as recordações percorrem o pensamento trazendo-lhe despertares de ternuras.

o amor é um secreto altar onde se reza em silêncio…

o sentimento saudade é toada batendo na porta do coração e nos deixa melancólicos como a cinza do anoitecer…