QUARTO SONETO DE MEDITAÇÃO
QUARTO SONETO DE MEDITAÇÃO
Apavorado acordo, em treva.
O luar
É como o espectro do meu sonho em mim
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.
Desço na noite, envolto em sono; e os braços
Como ímãs, atraio o firmamento
Enquanto os bruxos, velhos e devassos
Assoviam de mim na voz do vento.
Sou o mar! sou o mar! meu corpo informe
Sem dimensão e sem razão me leva
Para o silêncio onde o Silêncio dorme
Enorme.
E como o mar dentro da treva
Num constante arremesso largo e aflito
Eu me espedaço em vão contra o infinito.
Mensagens Relacionadas
O astronauta (Vinícius e Baden Powell)
O astronauta (Vinícius e Baden Powell)
Quando me pergunto
Se você existe mesmo, amor
Entro logo em órbita
No espaço de mim mesmo amor
Será que por acaso, a flor sabe que …
Deixa acontecer
Deixa acontecer
Ah, não tente explicar
Nem se desculpar
Nem tente esconder
Se vem do coração
Não tem jeito, não
Deixa acontecer
O amor é essa força incontida<…
A maior solidão é a do ser que se ausenta
"A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que …
#literarias#moraes#distante#maior#versos#viniciusdemoraes#amor#vinicius#total#soneto